Pessoal,
Compartilho com vocês minha experiência da visita ao Instituto Lecca, que atende crianças das escolas públicas municipais do Rio.
O público alvo são crianças e adolescentes superdotados, de comunidades economicamente carentes. Dos testes realizados, 1% é selecionado para ser trabalhado pelo Instituto no contraturno escolar.
Após selecionados, os alunos são preparados para concursos, oferecendo também oportunidades para o desenvolvimento dos pensamentos crítico e criativo. Isto significa desenvolver pessoas capazes de criar um Brasil melhor.
Nos últimos quatro anos, por exemplo, os primeiros lugares do Pedro II são desses alunos abordados.
Durante o trabalho, são realizadas atividades extracurriculares para o seu desenvolvimento cognitivo, cultural e socioemocional que vão além do conteúdo oferecido nas escolas.
Segundo a professora Maria Clara Sodré, diretora do Instituto, “o jovem superdotado é muitas vezes expulso do sistema educacional pelo tédio ou por opor-se aos professores. Ao sair do sistema, por ter capacidade muito acima da de seus pares, ele é facilmente seduzido pelo desafio da vida na marginalidade”.
Quatro premissas baseiam o trabalho:
1) Superdotados têm capacidade para aprender mais conteúdos curriculares e extracurriculares e em menos tempo do que seus pares em idade;
2) Superdotados apresentam grande curiosidade que permite que se envolvam profundamente com questões de interesse não só do seu dia a dia, mas também com questões universais.
3) A incidência de superdotação está distribuída por toda a população, independente dos níveis econômico, social ou cultural, especialmente quando se trata de crianças pequenas.
4) A não estimulação da superdotação leva a uma diminuição da capacidade intelectual.
Desde 2007, 14.898 foram testados e 132 selecionados. Neste ano de 2012, 48 alunos (em dois turnos de 24 cada) frequentam o programa. Se pensarmos que somente este ano de 2012 há 680 mil crianças na Rede, podemos ver que a atuação neste sentido apenas arranhou a superfície do caso. Não seria o caso de se pensar em uma política pública específica?
Enfim, numa cidade em que ainda lutamos (com avanços, graças a Deus!) para recuperar erros do passado e da aprovação automática, e realfabetizar crianças e jovens que mal sabem calcular, fora centenas de outras prioridades… Podemos deixar de focar também essa população?
Abraços,
Paulo Messina
Infelizmente vereador, atitudes destas não são divulgadas devidamente para as escolas e nem valorizadas. É realmente uma pena, pois nossas crianças acabam não desenvolvendo todo seu potencial por falta de condições e estímulos. Uma política pública específica se faz extremamente necessária!
gostaria de informção de onde fazer o teste,acho que a escola não tem essa informação pois nunca foi passada aos pais de alunos.
Nunca ouvi falar de tal instituição nem de outras do tipo, nem como aluno nem como pai de aluno.
Como e quando é feita a seleção para esta instituição?
Acho que tem que se fazer o teste sim , Existem crianças que, por serem superdotadas, acabam sendo rotuladas de indisciplinadas ou agitadas por estarem “atrapalhando” a aula por se sentirem entediadas ou obrigadas a assistir um conteudo que já sabem ,.Para esse grupo proponho o teste , pois podem passar de série ou para um colegio mais avançado como o Militar e o Aplicação , por exemplo e ter seus conhecimentos valorizados independente da forma que foram aprendidos
Alguem sabe informar como fazer testes de habilidades para alunos de escolas particulares no Rio de Janeiro?