A reclamação de um grupo de pais de alunos de que uma redução no contrato do Ônibus da Liberdade – programa de transporte gratuito para alunos da Rede Municipal de Educação residentes de áreas que não possuem oferta adequada de transporte público – teria causado a diminuição do número de carros disponíveis na áreas da 7ª, 8ª, 9ª e 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) motivou a participação do secretário da Casa Civil, Paulo Messina, em uma reunião com representantes dos responsáveis na Câmara Municipal para saber diretamente deles o que estava acontecendo.
Na ocasião, o secretário ouviu dos pais que, supostamente, parte dos coletivos que atendiam à região, transportando gratuitamente mais de 70 mil crianças e adolescentes, teria sido retirada de circulação em virtude de uma redução nos contratos das empresas de ônibus que prestam o serviço para a Prefeitura. Na época, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que “realizou uma adequação na frota do programa Ônibus da Liberdade de acordo com a identificação da real necessidade” e garantiu que os alunos e responsáveis que precisavam utilizar o serviço de transporte continuavam sendo atendidos pelo programa.
Messina propôs, então, que fosse criado um grupo de estudos envolvendo Casa Civil, SME, Secretaria Municipal de Transportes, Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Fazenda, para que as secretarias construíssem, em conjunto, um plano de ação para melhorar a qualidade do serviço, a ser apresentado aos pais dos alunos em uma audiência pública. E assim foi feito (assista ao vídeo da audiência abaixo). Como resultado, ficou determinado que:
1) A Guarda Municipal ficaria posicionada nos pontos de ônibus das linhas regulares que, de acordo com a denúncia dos pais, não estavam parando para os alunos com RioCard, e passaria a multar os ônibus flagrados cometendo a infração – O objetivo era evitar que os alunos que possuem o RioCard e que deveriam ter garantia de acesso às linhas regulares tivessem que recorrer ao Ônibus da Liberdade, o que poderia estar sobrecarregando o sistema;
2) Seria realizado um recadastramento dos alunos e pais (apenas um responsável por aluno) que utilizassem, de fato, o serviço (na ocasião, foi levantada, inclusive, a possibilidade de se emitir um bilhete eletrônico de identificação com QR code) – A intenção era que, a partir desse levantamento, a Prefeitura pudesse dimensionar se havia a necessidade de se colocar mais carros nas ruas;
3) Seria realizado um estudo para a implementação de uma nova grade de horário de saída dos ônibus, uma vez que a maioria dos pais optam por levarem seus filhos mais próximo da hora de entrada das crianças, aumentando o fluxo nos horários de pico, enquanto os carros dos primeiros horários rodam vazios;
4) Na reunião, também foi deliberado que, enquanto o cadastramento estivesse sendo feito, a Prefeitura disporia, de forma emergencial, de mais carros na Estrada de Sepetiba, Estrada da Posse, Carobinha e Estrada do Mendanha.
As medidas surtiram efeitos imediatos no programa, reduzindo significativamente o número de passageiros por viagem, resultando na melhoria da qualidade do serviço para quem realmente precisa.